Essa é uma dúvida muito comum entre as bailarinas, ainda mais porque encontramos muitas informações diferentes na internet sobre musculação ser ou não uma boa escolha para quem já faz ballet. Por isso, hoje vamos te explicar os prós e contras da associação das práticas e também deixar a nossa visão sobre o assunto.
Para dançar ballet clássico, é exigido dos bailarinos um bom preparo físico, desempenho e controle corporal tanto nos ensaios, quanto nos espetáculos. Tais características fazem a parte fisiológica e suas aptidões serem tão importantes, quanto o desenvolvimento de suas habilidades.
Qual o treino ideal para bailarinos?
A musculação trabalha grupos musculares por meio de movimentos de partes do corpo, sugerindo um trabalho de isometria (exercícios que promovem contração muscular sem que haja movimento) de grandes músculos. Nela é possível, ainda, fazer uso de uma resistência como pesos, anilhas ou até a gravidade.
São vários os benefícios da musculação. Entre eles, o aperfeiçoamento das capacidades físicas, redução de níveis de gordura, aumento de massa muscular, melhora da densidade óssea e melhora da resistência.
Já o treino funcional utiliza movimentos naturais do nosso corpo (como pular, correr, puxar, agachar, girar e empurrar) para que a pessoa ganhe força, equilíbrio, coordenação, resistência e agilidade.
Porém, essa modalidade não proporciona grande possibilidade de trabalho com a mecânica do movimento. Além disso, ainda sugere pouca correção do movimento ao se comparar com a musculação.
O pilates também é uma alternativa, já que trabalha o movimento como um todo, podendo acessar abdômen, braços e pernas, por exemplo. A prática também conta com um profissional individualizado, o que também soma muitos pontos.
Contras da musculação para quem dança ballet clássico
Os exercícios da musculação aumentam o volume da fibra muscular, potencializando os músculos. Protegendo as grandes articulações e a estabilidade do esqueleto de fora para dentro.
Em contrapartida, o ballet sugere o trabalho das fibras musculares mais próximas ao esqueleto, por meio da isometria de alongamento. É preciso, então, ter consciência do movimento, isolando o uso dos grandes músculos e buscando a estabilidade tanto das grandes articulações quanto do esqueleto, de dentro para fora.
Outro fator de atenção para o bailarino que pretende fazer musculação é que o treino demasiado e o esforço excessivo são fatores que predispõem à lesão. Por isso, ressaltamos a importância de sempre ter um personal trainer que direcione um treinamento individualizado considerando as necessidades específicas referentes ao ballet.
Nossa visão sobre musculação x ballet
Todos os lados possuem prós e contras em seus diversos âmbitos. Mas é essencial entendermos que, independentemente da prática adotada, é preciso o acompanhamento de um profissional qualificado e que esteja voltado a corrigir seus movimentos sempre que preciso.
Mas é certo que a musculação pode sim complementar o treino de ballet e, se trabalhada de forma correta, pode fortalecer a musculatura e os tendões. O que, consequentemente, ajuda a prevenir lesões na dança.
Os exercícios complementares específicos podem aprimorar as características músculo esqueléticas e fisiológicas de cada bailarino, além de seu desempenho técnico. Portanto, com o trabalho direcionado, podemos fazer as correções da técnica clássica, sem interferir na sua essência, realizando um equilíbrio muscular.
Agora queremos saber, você já teve alguma experiência associando os treinos de ballet à alguma das práticas citadas no post de hoje? Mande sua resposta lá no nosso Instagram!
